Maísa Carvalho de Souza Viega
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Resumo
Segundo estatísticas do Alto Comissionado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), no final de 2012 havia 45,2 milhões de pessoas deslocadas à força em todo o mundo como resultado de perseguição, conflitos, violência generalizada e violações dos direitos humanos. Destes, 15,4 milhões eram refugiados. No ano de 2013, às vésperas do Dia Mundial do Refugiados, a ACNUR lançou uma campanha mundial na internet para destacar o impacto dos conflitos nas famílias. A campanha publicitária 1 family apresentava refugiados ao redor do mundo fotografados com os objetos mais importantes que escolheram levar no momento de fuga. O nosso objeto de estudo é formado, principalmente, pelo conjunto das sete fotografias acompanhadas por legendas que originalmente constituíram a campanha. Contudo, também considera outros textos presentes no site oficial da campanha. Propomos uma interpretação crítica dos signos – imagens e legendas –, refletindo a respeito da produção da mídia acerca dos refugiados e de como a narrativa midiática e mais especificamente, a narrativa publicitária, constrói imagens, discursos e identificações sobre pessoas em situação de refúgio.
Abstract
According to statistics from the UN High Commissioner for Refugees (UNHCR), at the end of 2012 there were 45.2 million people forcibly displaced worldwide as a result of persecution, conflict, widespread violence and human rights violations. Of these, 15.4 million were refugees. In the year 2013, on the eve of the World Day of Refugees, the UNHCR has launched a worldwide campaign on the internet to highlight the impact of conflict on families. The advertising campaign 1 family had refugees around the world photographed with the objects more important that chose lead at the time of the leak. Our object of study is formed, mainly, by the group of seven photographs accompanied by captions that originally formed the campaign. However, it also considers other texts present on the official website of the campaign. We propose a critical interpretation of the signs - images and captions -, reflecting the concerns of media production about the refugees and how the media narrative and more specifically, the narrative advertising, build images, speeches and labels on people in situation of refuge.
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