Por Antônio Heberlê*
No contexto de uma pandemia, como a que vivemos a partir de 2019 no mundo, e diante dos fatos políticos verificados no Brasil, é preciso diferenciar o que é a normatividade da crítica pela crítica e o que é o senso crítico. Os fatos-limites determinados pela crise do vírus Covid-19 afloraram raivas inauditas e inéditas de todos os matizes. Apareceram muitas falas carregadas de ódios e críticas vorazes aos sistemas, acima e abaixo, à esquerda e à direita mas, também, muitas críticas baseadas em bom senso.
Escrito por Luiz Felipe Stevanim e Rodrigo Murtinho, o título da coleção Temas em Saúde analisa a centralidade do direito à comunicação para a garantia da saúde e dos princípios do Sistema Único de Saúde. Confira!
Oscar Traversa fue un gran académico. Lúcido, minucioso, inspirador; generosísimo. Fue un caballero, en el sentido más completo que el término encierra. Y fue, por encima de todo, una excelente persona.
Comunicação está muito mais condicionado ao que as pessoas fazem com o que percebem do que com o esforço de convencer dos que falam. Pretendemos mostrar aqui contradições relativas ao conceito de comunicação social, o que se apresenta para a sociedade pelo que se expressa normalmente nas mídias (rádio, televisão, jornais e internet). Inferimos que esta forma de expressão mediada, que virou negócio, desfavorece a formação de cidadanias, de consciência social diante dos fatos e por isso, neste contexto, se desprende do conceito de comunicação. A esse conjunto caótico de dados fornecidos freneticamente pelas mídias podemos nomear de “informação” e não de comunicação, eis que o processo comunicativo implica interação, relação, definições claras e estabelecimento de diferenças. A informação circulante é despida de análise crítica, profundidade e checagem criteriosa que leve à validade da propagação. A comunicação, ao contrário, resguarda compromisso com os sujeitos em interação, com suas falas e demandas e, por isso, tem o potencial de transformar, de forma quase revolucionária, ao colocar frente a frente os sujeitos e o resultado de suas opiniões e decisões.
(Foto: Conferência no Pentálogo III, "Internet: viagens no espaço e no tempo")
As sociedades científicas da semiótica e comunicação latino-americanas perderam, no dia 10 de dezembro, o querido amigo, colega, professor e pesquisador argentino Oscar Traversa.
Com os desafios impostos pela pandemia, o Pentálogo XI não será realizado este ano. Devido às medidas de isolamento social, desenvolvemos o CISECO Entrevistas, com a participação de ilustres convidados. O intuito da iniciativa é promover o debate e aproximar pesquisadores mesmo à distância, sob uma nova forma de interagir e trocar conhecimentos. O CISECO Entrevistas é uma atividade que poderá inspirar temática a ser desenvolvida durante o Pentálogo XI – este deverá ocorrer em 2021, no modelo tradicional. Os primeiros vídeos do projeto já estão disponíveis, e podem ser acessados através do canal do CISECO no YouTube. Confira!
Textos com temáticas relacionadas à semiótica e comunicação podem ser enviados para ciseco@ciseco.org.br
Veja as obras das conferências dos Pentálogos
“Acho que os dez anos do Pentálogo traduzem a força proativa da pesquisa universitária conduzida por mestres cientificamente inquietos, mas institucionalmente persistentes, como é o seu caso. O CISECO surfa vitorioso nas dificuldades. Vai continuar ainda que seja grande a onda adversa para a educação e a cultura no momento.”